quarta-feira, 30 de novembro de 2011

José Alci


                                                                                                                        De: Angela Paiva
José Alci Maciel de Paiva casou com a prima Camélia Paiva, filha de seu tio Enéas Frutuoso de Paiva, no dia 25 de dezembro de 1937. Foram morar em Recife, onde nasceu e morreu a primeira filha, Vera Regina. Ao voltarem para Fortaleza, José Alci resolveu continuar os estudos. Enquanto a família crescia, ele trabalhava de dia e estudava a noite. Dona Camélia ajudava bordando e fazendo comida de festa, enquanto trocava fraldas e educava os filhos que iam chegando de mansinho, um a cada dois anos. Assim vieram Sérgio, Luciano, Moacir (que só viveu um ano) e Ângela que, ao completar cinco anos, apadrinhou seu pai, que se formava em direito.
Moraram muitos anos em Fortaleza, onde os filhos cresceram e formaram as suas próprias famílias. Ao se aposentar, com um salário razoável, o casal resolveu morar perto dos filhos, que nesta altura do campeonato, estavam morando todos longe. A família do Luciano estava residindo em Curitiba e o pessoal do Sérgio e da Ângela estava em São Paulo. Eles optaram pela “terra da garoa”. Moraram muitos anos na capital, de onde o Dr. Alci enviava suas crônicas para o jornal O Povo, em Fortaleza.
Mas morando em apartamento, dona Camélia sentia falta de um jardim para plantar roseiras, sentia falta de um cachorrinho e, quem sabe, um papagaio que dissesse “curupaco” e assobiasse nos dias de chuva.
Era preciso contentá-la; sem abrir mão de São Paulo, foram  morar em Itatiba, cidade serrana, de clima agradável e povo hospitaleiro. Lá fizeram bons amigos, e quando Ângela, e tempos depois, Luciano voltaram para o Ceará, os velhos ficaram onde estavam. A volta para Fortaleza ainda demorou alguns anos, mas a idade foi chegando, Ângela fez pressão e eles baixaram a guarda.
Vez por outra eles voltavam a São Paulo, motivos era o que não faltavam; o Dr. Alci já estava programando uma nova visita aos parentes e amigos que lá deixaram, mas quando o bom Deus o convidou para fazer a grande viagem, não resistiu, partiu sem nem dizer até logo. Ele gostava de viagens, mas detestava as despedidas.

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